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Agências do trabalhador no DF têm melhores resultados do país
Há três semanas, Sthefanny Daianny Tavares trocou o status de desempregada pelo de operadora de caixa. Isso foi graças à intermediação das agências do trabalhador, que apenas no primeiro quadrimestre deste ano já encaminharam ao mercado de trabalho 9.509 profissionais. São 17 unidades espalhadas pelo Distrito Federal, sendo uma delas totalmente inclusiva, localizada na Estação 112 Sul do Metrô.
“No ano passado, mesmo com a pandemia, tivemos 26% de inserção no mercado de trabalho, enquanto a média nacional é de 5%”Alinne Marques, coordenadora de ações para o trabalhador e empregador da Secretaria de Trabalho
Em 2020, foram 16.755 vagas oferecidas, com 18.436 encaminhamentos para processos seletivos e 4.324 contratações. A relação entre o número de encaminhados e o de efetivados está bem acima da média nacional, como explica a coordenadora de Ações para o Trabalhador e Empregador da Secretaria de Trabalho, Alinne Marques: “No ano passado, mesmo com a pandemia, tivemos 26% de inserção no mercado de trabalho, enquanto a média nacional é de 5%”.
Segundo ela, os resultados são possíveis graças à metodologia utilizada pelas agências do DF. “O Sine [Sistema Nacional de Emprego] faz o cruzamento de dados da vaga e dos candidatos cadastrados e convoca. Por aqui, nós pegamos esse relatório gerado e entramos em contato com os candidatos que se encaixam no perfil para saber se realmente têm interesse na vaga e, só assim, encaminhamos”, complementa Alinne, explicando que isso diminui as chances de a pessoa desistir durante a entrevista.
Outro ponto a considerar é que, para cada vaga disponível, as agências do trabalhador do DF encaminham ao empregador três candidatos, para que ele tenha opções durante o processo seletivo. Isto aumenta as chances de contratação.
Para Albertino Alexandre Júnior, gerente técnico de uma empresa de informática que desde março deste ano anuncia vagas nas agências do trabalhador, isso é uma vantagem. Até hoje, todas as oportunidades que ele incluiu por lá foram preenchidas.
“Eu anunciei vagas na internet e estava com muita dificuldade de encontrar profissionais. Um servidor da Agência do Trabalhador entrou em contato comigo e resolvi ofertar por lá. Primeiro, para técnico de informática; depois, para técnico de impressoras e vendedor. O alcance deles é grande, e, com isso, surgem muitos candidatos. Dessa forma, a escolha se torna mais fácil e assertiva”, comemora.
Com Albertino Júnior, a agência usou a modalidade de captação de vagas. Empresários que desejam anunciar oportunidades também podem fazê-lo pelo site da Secretaria de Trabalho. As agências ainda oferecem salas para os processos seletivos, que podem ser usadas pelas empresas que solicitarem.
Cadastro
Apesar de divulgar, diariamente, as profissões com vagas disponíveis para o dia seguinte, as agências do trabalhador recebem cadastros de candidatos mesmo fora do perfil das oportunidades listadas. Os interessados tanto podem ir presencialmente a uma das agências como se cadastrar pelo aplicativo Sine Fácil.
“A pessoa que deseja se recolocar no mercado de trabalho pode procurar as agências quando quiser. Com o currículo cadastrado, sempre que aparece uma vaga no Sine, o próprio sistema faz o cruzamento e a convocação. O trabalhador pode acompanhar pelo aplicativo Sine Fácil, como ocorre em outros sites de cadastro de currículos”, explica Alinne.
Para quem for pessoalmente, é preciso levar documentos pessoais e um currículo, caso o tenha. No caso de fazer o cadastro on-line, a coordenadora dá dicas para que as informações colocadas ajudem na hora de o sistema encontrar o perfil desejado.
“A gente orienta incluir o maior número de informações que puderem. Coloque não somente as experiências formais, mas as informais também, mesmo que não apareçam em Carteira de Trabalho. O local onde pretende trabalhar também é importante, assim como as vagas às quais pretende concorrer”, detalha.
Além das vagas formais, as agências do trabalhador passaram a intermediar as prestações de serviços com microempreendedores individuais e estágios. “Muitas vezes, o estudante não enxerga o Sine como órgão de encaminhamento para estágio, mas sempre temos oportunidades, devido a parcerias feitas com empresas”, comenta Alinne Marques.
Além das vagas de emprego, as agências do trabalhador oferecem outros serviços, como requerimento de seguro-desemprego, ajuda para baixar o aplicativo da Carteira de Trabalho e microcrédito. A média mensal, por agência, é de 4.336 atendimentos. Ceilândia é a que mais recebe pessoas, seguida de Taguatinga e Samambaia.
*Com informações da Secretaria de Trabalho
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