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Política

Adriana Accorsi postula ensino de programação de computadores na rede pública

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Acrescentar o tema linguagem de programação de computadores no ensino fundamental e médio das escolas públicas do estado. É o que pretende a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), com o projeto de lei nº 5552/21, para alterar a Lei Complementar nº 26, de 28 de dezembro de 1998, que estabelece as diretrizes e bases do Sistema Educativo do Estado de Goiás.

“O Ensino de Programação vem sendo adotado no currículo escolar de vários países, como Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. No Brasil, algumas escolas particulares se destacam por oferecer essa disciplina aos alunos”, ressalta Adriana Accorsi, na justificativa parlamentar de sua proposição, que tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

A deputada cita Charles Niza, mestre em Engenharia da Computação e consultor em tecnologias educacionais: “O ensino de programação é importante porque estimula a criatividade, a autonomia e desenvolve o raciocínio lógico e a capacidade de resolução de problemas e trabalho em equipe, habilidades muito valorizadas no século 21”.

Segundo Niza, a programação pode estar nas escolas de diversas formas, os professores podem ensinar programação ou ensinar com programação. “Quando ensinada de forma contextualizada, a programação pode ser uma grande aliada no ensino das disciplinas básicas, como português e matemática”, salienta a parlamentar.

E acrescenta: “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que integra a Política Nacional de Educação Básica, estabelece que as aprendizagens essenciais devem assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais. Dentre essas competências, a de compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.

Desse modo, diz a petista, o ensino de programação está previsto na BNCC e sua inclusão como conteúdo transversal no ensino fundamental e como disciplina no ensino médio contribuirá para que a educação no estado de Goiás atinja um patamar de aprendizagem e desenvolvimento mais elevado.

Concluindo, cita o escritor Wendell Bento Geraldes: “Respeitando-se os estágios de desenvolvimento intelectual das crianças, é possível incluir o ensino de programação de computadores nas escolas sem causar prejuízo nenhum ao aluno e trazer vários benefícios ao processo de ensino e aprendizagem de outras disciplinas”.

A proposição foi lida em plenário na sessão do dia 27 de maio, e encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), da Alego, para discussão e eventual aprovação.

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