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Educação

Boas Práticas da Merenda Escolar é tema da formação para merendeiros da rede de Anápolis

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Mais de 60 mil refeições são preparadas diariamente, por mais de 320 Auxiliares de Serviços de Higiene e Alimentação (Asha) que atuam como merendeiras nas unidades de ensino da rede de Anápolis. Por isso, visando garantir a segurança alimentar dos estudantes e o constante aperfeiçoamento dos profissionais, a Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Educação e do Setor de Merenda Escolar, estão realizando o curso de boas práticas na manipulação de alimentos. Em parceria com a Vigilância Sanitária, a formação aborda temas como: higienização de utensílios, equipamentos e ambiente de trabalho, armazenamento e contaminação de alimentos, instrumentos de vigilância, controles de qualidade e prática aplicada.

 

“Ser merendeira e cozinhar para tantas crianças é um ato de amor. Por isso, temos que exercer nossa profissão da melhor forma possível e eu tenho certeza que esse curso vai nos trazer mais conhecimentos e contribuir ainda mais para o nosso trabalho”, conta Andreia Gonçalves, merendeira do CMEI Maria Capuzzo Cremonez.

 

Toda a elaboração dos cardápios é orientada e supervisionada por profissionais nutricionistas do Setor de Alimentação Escolar, que acompanham as atividades de seleção, compra, armazenamento e produção dos alimentos. À equipe também compete a elaboração do plano de trabalho do Programa de Alimentação Escolar (PAE).

 

A nutricionista da rede e especialista em gestão escolar, Elvira Valentim, destaca a importância de criar vínculos com os merendeiros por meio destas formações. “Temos profissionais de excelência nas unidades de ensino que têm muita experiência no preparo das refeições. No entanto, com o passar do tempo e com o costume da prática, alguns conceitos vão passando despercebidos e até mesmo novas metodologias vão surgindo. Por isso é essencial que nós, enquanto nutricionistas, estejamos a par desses assuntos a fim de trazê-los para a realidade dos nossos merendeiros”, disse.

 

A Resolução n.º 26, de 17 de junho de 2013, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), menciona a importância da adoção de medidas que garantam desde o preparo da alimentação escolar com adequadas condições higiênico sanitárias até o seu consumo pelos alunos atendidos pelo Programa. Entre elas, destaca-se a formação dos responsáveis pela preparação das refeições servidas aos estudantes no âmbito escolar.

 

“Temos uma responsabilidade muito grande com os estudantes, não só no que diz respeito à qualidade no ensino, mas também quando falamos de segurança alimentar. Muitas das nossas crianças e adolescentes vão para as unidades de ensino para fazerem as refeições, porque não têm o que comer em casa. Portanto, é nosso dever proporcionar a eles alimentos de qualidade e preparados com todo o carinho e amor”, ressaltou Flávia Fernanda, secretária municipal de Educação.

 

Educação Infantil sem açúcar

 

A alimentação oferecida à Educação Infantil das unidades da rede segue as recomendações do Fundo Nacional da Educação (FNDE), responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O órgão definiu a proibição da oferta de cereais adoçados, balas, bombons, bolachas recheadas, entre outros alimentos que possuem adição de açúcar, nos CMEIs. Além disso, a Resolução n.º 6, de maio de 2020, também orienta que sejam oferecidas mais porções semanais de frutas e hortaliças, além de restringir a oferta de enlatados, margarinas e doces.

 

Visando atender estas recomendações, as refeições são preparadas nas unidades de ensino, dando preferência ao uso de alimentos in natura que favoreçam o desenvolvimento adequado e a redução de doenças, resultando em mais qualidade de vida aos estudantes. “A Educação Infantil é uma fase de introdução alimentar. Com isso adaptamos os cardápios para atender essa faixa etária com alimentos menos industrializados, com mais frutas, legumes e verduras e zero açúcar, com pratos coloridos e adaptando o paladar aos alimentos naturais, sendo benefícios que eles irão levar para a vida inteira”, afirma a nutricionista Elvira Valentim.

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