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Centros de atendimento a menores vítimas de violência sexual nas RAs
Referência em atendimento a menores vítimas de violência, o Centro de Atendimento 18 de Maio servirá de modelo para que outros equipamentos públicos sejam construídos no Distrito Federal, atingindo todas as regiões administrativas (RAs).
Para que essa ideia saia do papel e ganhe forma, foi criado o Grupo de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e Proteção de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência (Ggcorp), que, na última semana, fez a primeira reunião. A equipe foi fundada a partir do Decreto nº 42.542, do governador Ibaneis Rocha, que instituiu a Política Intersetorial de Enfrentamento as Violências contra Crianças e Adolescentes do Distrito Federal.
O Centro 18 de Maio, que fica na Asa Sul, atende, por ano, 300 menores que sofreram algum tipo de agressão sexual. As unidades recebem menores a partir de três anos, que já falam e que conseguem testemunhar sobre a violência sofrida.
O órgão conta com 14 profissionais, sendo cinco psicólogas, duas assistentes sociais, três pedagogos e quatro da área administrativa. O prédio passará por uma reforma no ano que vem e deverá trocar o mobiliário com R$ 330 mil de recursos originários de emenda parlamentar.
Segundo a coordenadora do local, Thereza De Lamare, a unidade de assistência social funciona em um espaço que era do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, equipado com móveis de escritório, que tornam o ambiente impessoal. “Nós vamos comprar móveis e utensílios que façam o local mais aconchegante para as crianças e adolescentes que atendemos. Elas precisam se sentir mais acolhidas”, explicou Thereza.
“O Centro 18 de Maio é um dos equipamentos públicos mais importantes da política de proteção a crianças e adolescentes do DF. É nesse espaço que fazemos a escuta especializada e o acolhimento de tantas meninas e meninos que passaram por situação de violência e de extrema vulnerabilidade. Por isso, continuaremos trabalhando para aprimorar ainda mais essa ação que se tornou uma referência nacional no atendimento integrado e humanizado às vítimas de violência e seus familiares”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Além do Distrito Federal, apenas Porto Alegre (RS), Teresópolis (RJ), Belém (PA) e Vitória (BA) possuem centros de atendimento integrados. De acordo com Thereza De Lamare, crianças e adolescentes podem integrar ao equipamento por indicação das escolas, dos conselhos tutelares, pela Secretaria de Saúde (SES) ou por demanda espontânea.
“O centro permite que se faça uma gestão dos casos. Daqui as pessoas são encaminhadas para os demais órgãos”, destaca a coordenadora, lembrando que assim a criança ou o adolescente deverá contar sua história apenas uma vez, evitando mais sofrimento às vítimas. “Nosso objetivo aqui é proteger o menor”, conclui.
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