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Política

Cairo Salim quer festa do Panelão da Portela como patrimônio cultural goiano

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O reconhecimento da gastronomia e cultura do Panelão da Portela, festa realizada anualmente na cidade de Portelândia, como patrimônio cultural goiano. Essa é a postulação do deputado Cairo Salim (Pros), formalizada através do projeto de lei nº 7519/21, em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Na justificativa, o deputado relata que, no início dos anos 1960, próximo ao Córrego da Porteira, localizado abaixo do CRCP-Clube Recreativo Córrego da Porteira, era comum ver os boiadeiros indo e vindo para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, se reunirem para descanso da tropa e alimentação, ocasião em que retiravam dos lombos dos animais a carne de sol, carne salgada e seca para fazerem a famosa ‘maria-isabel’, também conhecido como arroz de carreteiro, por ser fácil o seu preparo.

“O tempo passou e o nome da cidade de Portelândia é uma homenagem a esses boiadeiros que ajudaram no crescimento da localidade”, coloca o deputado, ressaltando que, no ano de 2008 foi criada a festa do Carreteiro, pela Lei n. 357, de 24 de março de 2008. Ele conta que a realização da primeira edição trouxe as dificuldades com a demanda alimentícia, devido ao grande número de turistas, o que preocupou os organizadores.

O então prefeito à época, Valdineis Carrijo Rodrigues, idealizador e entusiasta da importância do evento para o município, bateu pela necessidade de encontrar uma maneira de alimentar todas as pessoas que iam a Portelândia.

O parlamentar lembra que, com a segunda e terceira edições da festa, o problema com demanda de alimentos persistia, uma vez que os mercados, restaurantes e lanchonetes não conseguiam fornecer a alimentação aos frequentadores. “E foi após um ‘tratoraço’ realizado em Brasília, que a comitiva de Portelândia presenciou a Associação dos Produtores de Arroz do Rio Grande do Sul fazendo o tradicional arroz de carreteiro numa enorme panela.”

O prefeito Valdineis viu ali a solução para o problema e mandou fabricar uma panela gigante. “Foi dado início a construção da maior panela de arroz carreteiro do Centro-Oeste, sendo a terceira maior do Brasil na 4ª Festa do Carreiro. As autoridades que vinham à Portelândia participar do evento gostavam tanto da ideia que queriam levar o ‘panelão’ para suas cidades”, acrescenta Salim.  

“Atualmente, esse trabalho de resgate cultural do tempo dos antigos carreiros é conhecido nacionalmente através de pessoas que valorizam a nossa cultura, a exemplo de algumas emissoras de televisão, como Globo, e especialmente a TV Record de São Paulo, na pessoa do repórter Mickel Keller (Padrinho da Equipe Panelão) e sua equipe de apoiadores do trabalho cultural do Panelão da Portela”, diz Salim.

Na Comissão de Constituição, Justiça e Redação o processo está sob relatoria do deputado Rubens Marques (Pros). 

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