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10,6 mil crianças e adolescentes foram aos pontos de vacinação

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O Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação levou 10.649 crianças e adolescentes de zero a menores de 15 anos aos 76 pontos de vacinação abertos neste sábado (16). Após a verificação das cadernetas de vacinação, os profissionais de saúde indicaram a falta de pelo menos uma vacina em 6.507 pessoas do público-alvo. A campanha continua na próxima segunda-feira (18) e vai até o dia 29 de outubro.

Lançada no dia 1º de outubro, a multivacinação tem por objetivo mobilizar o maior número de crianças e adolescentes a comparecerem aos pontos de vacinação e atualizarem a situação vacinal| Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

“A família deve procurar o ponto de vacinação mais próximo da sua residência, levando a caderneta de vacinação da criança ou do adolescente para que o profissional de saúde avalie se há alguma vacina pendente e, se tiver, já proceda com a aplicação”, explica a secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua.

“Além do período pandêmico, a circulação de fake news e a ideia de que não existe mais o risco de pegar essas doenças fizeram famílias não procurarem mais a imunização”Raquel Beviláqua, secretária-adjunta de Assistência à Saúde

O público com maior procura nos pontos de vacinação foi de crianças menores de um ano: 1.422. Dessas, 1.088 precisaram receber alguma vacina. O segundo grupo que mais procurou foi o de crianças com 11 anos: 998 os quais 773 precisaram ser vacinados.

Campanha

Lançada no dia 1º de outubro, a multivacinação tem por objetivo mobilizar o maior número de crianças e adolescentes a comparecerem aos pontos de vacinação e atualizarem a situação vacinal. Considerando a procura por vacina do dia 1º de outubro (início da campanha), até o momento, 24.257 pessoas foram até as unidades básicas de saúde e 16.583 precisaram ser vacinadas.

Durante toda a campanha, são oferecidos todos os imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente e a expectativa é atingir pelo menos 80% do público-alvo para as vacinas contra o HPV e meningocócica C e meningocócica ACWY em adolescentes; 90% para as vacinas BCG e Rotavírus; e 95% para as demais vacinas preconizadas pelo Ministério da Saúde, inclusive a meningocócica C em crianças.

Há alguns anos o Distrito Federal e outros estados têm registrado queda nas coberturas vacinais| Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Prevenção é a melhor estratégia

A Secretaria de Saúde destacou que, por meio da prevenção com vacina, o país conseguiu controlar ou erradicar diversas doenças imunopreveníveis, como a poliomielite, o sarampo e a rubéola, que já chegaram a ter casos zerados no Brasil.

Porém, há alguns anos o Distrito Federal e outros estados têm registrado queda nas coberturas vacinais. “Sabemos que além do período pandêmico, a circulação de fake news e a ideia de que não existe mais o risco de pegar essas doenças fizeram famílias não procurarem mais a imunização”, afirma a secretária-adjunta.

Raquel destaca o caso do sarampo, que foi considerado erradicado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) em 2016, mas voltou a registrar casos em alguns estados brasileiros. A baixa cobertura vacinal foi um fator que colaborou para a volta da doença.

Por isso, é de extrema importância manter o cartão de vacinação das crianças e dos adolescentes sempre atualizado, como faz Josiane Vasco, mãe da pequena Eloá, de 8 anos. “Trago ela para vacinar em todas as campanhas, tanto que agora ela só precisou tomar a da febre amarela”, conta.

Já o Caio, de 13 anos, estava com três pendências no cartão. “Meus filhos sempre tiveram as vacinas em dia, mas acabaram atrasando algumas por causa da pandemia, por isso aproveitamos o dia de hoje para atualizar”, explica o pai André Antônio.

Além do imunizante contra febre amarela e influenza, o garoto recebeu a vacina contra o HPV, que está com o índice de cobertura bem abaixo do esperado entre os adolescentes. Nos meninos, a vacina ajuda a prevenir o câncer de pênis, ânus e garganta e contra as verrugas genitais. Já nas meninas, previne o câncer de colo de útero, vulva, vagina e região anal, além da redução das verrugas genitais.

Os irmãos Davi Augusto, de 13 anos, e Eduarda, de 7 anos, foram juntos atualizar a situação vacinal. Ele precisou tomar apenas a da gripe. Já a menina recebeu, além da vacina contra a gripe, a da febre amarela. “É importante para a saúde deles, para prevenir doenças e deixar eles preparados”, destaca a mãe, Maísa Rodrigues.

A Campanha Nacional de Multivacinação segue até o dia 29 de outubro, com 111 pontos de vacinação funcionando durante a semana e 7 pontos aos sábados. Os locais onde procurar as vacinas podem ser consultados aqui.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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