Geral
GDF acolhe famílias em situação de rua no Sudoeste
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e da Administração Regional do Sudoeste e Octogonal, vem atuando para mudar a realidade das pessoas em situação de rua que vivem em quadras comerciais da região.
Pelo menos 20 cidadãos, entre homens, mulheres e crianças, já foram encaminhados ao Centro Pop da Asa Sul este mês, onde têm acesso a refeições, banho e área para descanso durante o dia – além de lavagem de roupas.
O propósito é melhorar as condições de vida de cidadãos que sobrevivem de doações e passam o dia como pedintes em áreas de maior circulação de moradores. Por meio da Organização da Sociedade Civil (OSC) Instituto Ipês, os cidadãos são abordados nas ruas e criam uma relação de confiança para que aceitem o encaminhamento.
De acordo com a administradora regional do Sudoeste e Octogonal, Tereza Canal, alguns deles até têm onde morar. Há, inclusive, um senhor doente que resiste em receber ajuda com receio de sair do local onde se alojou.
“Mas, infelizmente, preferem a rua por achar que conseguem mais ajuda. Aqui no Sudoeste tem uma família do SIA que opta por circular e pedir”, conta.
O GDF tem nos 11 Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e nos dois Centro Pop (da Asa Sul e de Taguatinga) canais de apoio a essa parcela da população.
O Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas), da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), é um braço do Creas responsável por esse atendimento. São 28 equipes distribuídas pelo Distrito Federal. Só no Sudoeste e Octogonal são 36 pessoas.
Mais demanda
Gerente do Seas, André Santoro conta que a pandemia aumentou em cerca de 30% a população em situação de rua no Distrito Federal. A perda de emprego e renda fez com que a demanda saltasse de 1,8 mil pessoas para cerca de 2,4 mil pessoas atendidas por mês pela Sedes.
O Sudoeste é uma área dinâmica com grande rotatividade de pessoas vivendo nas ruas. Santoro conta que um dos obstáculos para a solução do problema é a comunidade que, solidária, faz doações diretas e, sem querer, estimula a permanência dessas pessoas nas ruas.
A orientação é que as doações não deixem de existir, mas que sejam feitas por meio de alguma das instituições que tenham registro no Conselho de Assistência Social da pasta. “A mesma comunidade que reclama [das pessoas vivendo nas ruas] é que doa. E isso pode ser mudado”, alerta.
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