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Professoras gestantes ganham curso de apoio pedagógico
A Secretaria de Educação do DF criou nesta sexta-feira (20) um curso destinado às professoras regentes da rede pública que estejam grávidas. O curso será integralmente on-line e foi desenvolvido pela Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). Ao fazê-lo, essas profissionais manterão sua atuação pedagógica e poderão ficar em casa, ao passo que as escolas convocarão professores substitutos para assumirem as turmas presencialmente.
A criação do curso resolve uma situação-limite descoberta após a volta das aulas presenciais: a lei confere às grávidas o direito de manterem-se no teletrabalho durante todo o período da gestação, até que a pandemia acabe.
“O curso que a Eape desenvolveu vai propiciar às professoras grávidas atuarem remotamente nas escolas apoiando a parte pedagógica. Ao mesmo tempo, as escolas poderão convocar professores substitutos para assumir as turmas presencialmente. Os estudantes não serão prejudicados”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
No caso das escolas públicas, em que há professoras regentes grávidas, isso significaria manter turmas inteiras em ensino remoto por meses a fio. Agora não mais. Elas saem para fazer o curso e podem ser substituídas normalmente.
“O curso que a Eape desenvolveu vai propiciar às professoras grávidas atuarem remotamente nas escolas apoiando a parte pedagógica. Ao mesmo tempo, as escolas poderão convocar professores substitutos para assumir as turmas presencialmente. Os estudantes não serão prejudicados”, explica a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Ela lembra que o assunto era especialmente sensível para as crianças do ensino fundamental – anos iniciais, que vai do 1º ao 5º ano. “Nessa etapa, as crianças tem uma só professora, que é a professora de atividades. Ela estando grávida, a turma inteira teria que ficar remota até o ano que vem”, diz.
A rede pública tem 25.979 professores efetivos e 9.817 temporários. Destes, há 67 mulheres grávidas entre os efetivos e 90 entre as temporárias – 157 no total.
Há, entre as grávidas, professoras de ciências, biologia, educação física, geografia, história, português e matemática, mas oitenta delas são professoras de atividades, ou seja, lecionam nos anos iniciais do ensino fundamental. O que significa dizer que são 80 as turmas que até então tinham professora afastada e que, a partir de agora, poderão ser substituídas e voltarão às aulas presenciais.
Sobre o curso, a ideia é que a equipe pedagógica de cada escola selecione grupos de estudantes que necessitam de fixação de aprendizagens em linguagens e matemática para encaminhar às professoras grávidas. Elas vão desenvolver atividades para atender esses alunos de forma remota.
*Com informações da Secretaria de Educação do DF
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