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CGU: há indícios de falsificação em documentos de contrato com Covaxin
A Controladoria-Geral da União (CGU) detectou uma possível falsificação de documentos apresentados no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. “Ainda não podemos atribuir quem falsificou, estamos em investigação sobre isso. Isso foi uma verificação final para que a própria Bharat Biotech cortasse seu relacionamento com a Precisa e para que o Ministério da Saúde tomasse as decisões que já iriam ser tomadas pelas características do contrato” disse o ministro da CGU, Wagner do Rosário, em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta quinta-feira (5).
Segundo Rosário, mais 40 processos de compra do Ministério da Saúde envolvendo recursos empregados no combate à covid-19 foram fiscalizados pela CGU. No total, foram auditados R$ 12,5 bilhões. Segundo Rosário, esses contratos foram verificados previamente, ou seja, antes do fechamento de qualquer valor. “Esse ano, o trabalho preventivo evitou muitos problemas em termos de covid”, disse.
Rosário disse que, com o primeiro auxílio emergencial, a CGU conseguiu evitar o pagamento de R$ 7,1 bilhões em auxílios indevidos e que, por meio de campanhas de conscientização, R$ 579,5 milhões foram devolvidos de forma voluntária.
O ministro também falou sobre o Sistema de Integridade do Executivo, criado no último dia 28. Segundo ele, para fiscalizar os 186 órgãos da administração pública federal torna-se necessário organizar um sistema para operacionalizar as ações de combate à corrupção como criação de canais de denúncias.
A criação do sistema é um das 142 ações previstas no Plano Anticorrupção do governo. Até o momento foram executadas 31 ações. A meta é chegar ao fim do ano com 84 concluídas e, em 2025, entregar todas elas.
Rosário comentou os demais números da CGU: 8.619 servidores demitidos desde a criação do sistema de corregedoria. Entre 2012 e 2020, a CGU evitou que fossem desperdiçados R$ 60,9 bilhões em dinheiro público. Já os acordos de leniência com empresas envolvidas em casos de corrupção permitiram o ressarcimento de R$ 14,3 bilhões aos cofres públicos, sendo que R$ 5,4 bilhões já estão nas contas do governo.
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Matéria atualizada às 20h34 para acréscimo de informações
Edição: Fábio Massalli
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