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Política

Proposta para que artesanato com capim do brejo se torne patrimônio cultural goiano tramita na CCJ

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Por meio do projeto de nº 5980/21, o deputado Delegado Eduardo Prado (DC) reivindica que o artesanato produzido com capim do brejo, no município de Serranópolis, seja reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do Estado de Goiás. A propositura foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação e distribuída ao relator, deputado Amilton Filho (Solidariedade).

Na proposta, o autor justifica que o artesanato produzido com capim do brejo é conhecido pela população da região na cobertura de casas e confecção de objetos como balaios e cestos. “Os moradores do município afirmam que, quando não se tinha plástico, nem papel, era do capim, abundante nas áreas alagadas, que se fazia o necessário”, pondera.

O parlamentar salienta que, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), “o patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade desse povo”. 

Além disso, o texto destaca o processo de produção do artesanato, no qual o procedimento é realizado com a colheita do capim à mão, retirado da raiz da terra preta e úmida. Em seguida, o material é posto para secar por três dias e passa, ainda, por limpeza e retirada de partes que não serão utilizadas. 

“No início, o algodão colhido nos quintais e fiado na roça era encerado com cera de abelha e utilizado para unir em pontos os feixes da fibra fina e esverdeada, o que conferia resistência à peça”, enfatiza a propositura. Atualmente, a linha de algodão industrializada é utilizada para tal confecção.

O deputado demonstra, ainda, a importância de difundir o conhecimento, preservar a memória das raízes culturais regionais e fomentar as atividades que valorizam as tradições locais.

Publicada em junho deste ano, a matéria aguarda a conclusão do relatório na CCJ. Caso tenha parecer favorável com aprovação do colegiado, a proposta seguirá para deliberação em duas fases de votação, no plenário do Legislativo goiano. 

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