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Racismo e impunidade contribuíram à chacina de Jacarezinho, dizem especialistas
A chacina ocorrida no início desse mês na comunidade do Jacarezinho foi considerada a maior, provocada por agentes de segurança pública, da história do Rio de Janeiro .
A Operação Exceptis , que causou 28 mortes , foi deflagrada em caratér de “exceção”, ja que o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha restringido, desde o ano passado, operações policiais em comunidades durante a pandemia.
A ação foi organizada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente , com apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada , do Departamento-Geral de Polícia da Capital e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) contra a atuação de traficantes que estariam aliciando crianças e adolescentes e prender autores de pequenos roubos nos trens da Supervia .
Na live Em cima do Fato desta semana, a socióloga e professora Carolina Grillo e o ex-secretário nacional de Segurança Pública, e coronel reformado da Polícia Militar, José Vicente Filho , comentaram sobre como o racismo e a impunidade policial contribuíram para o massacre.
Em referência à declaração feita pelo vice-presidente Hamilton Mourão de que todas as vítimas da chacina seriam bandidos antes mesmo de os corpos terem sido identificados, a socióloga Carolina Grillo identifica um claro exemplo de racismo . “Se essas pessoas fossem brancas e tivessem sido assassinadas em um bairro que não o Jacarezinho (historicamente um quilombo urbano), ninguém faria essa afirmação de maneira tão irresponsável”, comentou.
Segundo ela, esse racismo estrutural é o que” permite” que pessoas sejam acusadas de cometer algum tipo de crime antes mesmo que de que se saibam seus nomes.
O ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente Filho, sugere que, para diminuir a impunidade entre agentes, seria fudamental a criação de um Conselho Nacional de Polícias que investigasse de forma independente e pudesse avaliar, intervir e afastar policiais que apresentam má conduta, assim como já acontece em outros países.
“A polícia precisa eliminar de seus quadros aqueles que cometem mesmo as menores transgressões que têm um significado institucional […] se pegar R$5,00 em dinheiro de corrupção, é bom mandar embora imediatamente”, disse o coronel reformado da Polícia Militar.
Confira a live na íntegra:
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