O Governo do Tocantins dá mais um passo importante em projetos de ressocialização. As atividades do programa de reinserção social de custodiados do Sistema Penal – Reeduca Tocantins- iniciaram nesta terça-feira, 17, com visita à Escola Estadual Vila União, que será a primeira a contar com a mão de obra de reeducandos do sistema penal do Tocantins, na realização de obra de reparos estruturais, elétricos e pintura. A iniciativa é fruto do trabalho conjunto entre a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) e a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). As obras começam a ser executadas a partir desta quarta-feira, 14. 

O programa de ressocialização, aliado às práticas de remissão de pena reduzem o tempo do cárcere. “É um projeto que se destaca principalmente pela construção de novas perspectivas: para as pessoas privadas de liberdade que têm a possibilidade de colocar em prática um conhecimento adquirido dentro do Sistema Penal. E nossas escolas que passam a contar com um ambiente muito mais propício ao ensino e à aprendizagem”, ressaltou a titular da Seduc, Adriana Aguiar. 

Adriana Aguiar também destacou que, em todas as unidades de ensino que serão contempladas, os trabalhos serão executados em datas e horários que não sejam letivos ou que não estejam ocorrendo aulas presenciais, tais como fins de semana, feriados, férias escolares e durante a oferta de aulas não presenciais decorrentes da pandemia do novo Coronavírus. “Concluindo os trabalhos aqui na Escola Estadual Vila União, nós já vamos para o Colégio Militar do Estado do Tocantins – Unidade II, também aqui em Palmas”, apontou.   

O secretário de Estado da Cidadania e Justiça, Heber Luís Fidelis, lembrou que o modelo de atuação integrada das Pastas segue a proposta de gestão do Governo Mauro Carlesse. “Nesse modelo de ação, as duas secretarias estão realizando um trabalho que se complementa, gerando economia para o Estado e o bem-estar social. Dentro do Sistema Penal, nós temos desenvolvido a qualificação das pessoas privadas de liberdade e estamos mostrando para a sociedade os frutos desse trabalho”, pontuou. 

Ainda de acordo com Heber Fidelis, o Tocantins tem avançado na capacitação dos custodiados do Sistema Penal. “Nós saltamos, de 2019 para cá, de 24° para o 5º lugar no ranking nacional de presos envolvidos em atividades educacionais por meio da escolarização formal, não formal com cursos livres e profissionalizante. Esses reparos que eles desenvolverão aqui como pintura, elétrico, hidráulico e jardinagem, eles aprenderam dentro das unidades prisionais. Além das escolas, eles já estão reformando delegacias e fazendo artefatos de concreto para prefeituras de municípios do interior”, elencou.      

A diretora da Escola Estadual Vila União, Luzeni Lourenço de Araújo Correia, comemorou os benefícios que chegam à unidade de ensino, por meio do Projeto. “É uma iniciativa que beneficia muito a escola. Era um anseio nosso a realização desses reparos e da aplicação de uma pintura nova, para termos um espaço mais agradável para receber os alunos. Além disso, eu vejo que a nossa escola também é parte importante desse processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Na verdade, a escola é um espaço de transformação de vidas”, concluiu.

A execução do programa evidencia um dos eixos trabalhados pela Educação na sua proposta pedagógica, a formação alinhada ao desenvolvimento social. “O Reeduca Tocantins oportuniza, às pessoas privadas de liberdade, o retorno ao ambiente escolar com uma nova perspectiva, a do trabalho. A partir da reflexão feita nesses espaços, eles podem se tornar defensores da escola como meio de transformação de suas vidas e de suas comunidades, durante e após a conclusão da pena”, finalizou Adriana Aguiar.

Edição: Alba Cobo

Revisão Textual: Marynne Juliate